Numa prova que não tinha qualquer vertente competitiva para o Porsche, a prioridade de Vítor Pascoal era dar o máximo espectáculo com o popular carro alemão e participar na festa dos ralis nacionais, que este ano apresentou o melhor parque automóvel de sempre, com vários modelos emblemáticos e algumas viaturas míticas de Grupo B.
Contudo, depois de não ter sentido grandes problemas mecânicos no 991 GT3 Cup ao longo da época, Vítor Pascoal teve, desta feita, vida complicada nos troços do Rally Spirit, já que só teve o Porsche em boas condições na primeira classificativa.
“Aconteceu-nos de tudo”, conta o bicampeão nacional de ralis GT. “Tivemos muitos problemas com a embraiagem, devido uma fuga no bombite que nos obrigava a repor o óleo no final de cada troço. Havia algumas retas em que eu inclusive injectava o pedal para garantir que ia ter embraiagem quando precisasse, nomeadamente para fazer alguns piões. Depois foi a protecção frontal do carro que se soltou numa zona rápida, obrigando-nos a fazer o resto do troço em ritmo lento. Por último ficámos sem intercomunicadores, apesar de termos duas centralinas no carro. Foi uma aventura chegar ao final deste rali”, afirmou Vítor Pascoal que, contudo, destaca a evolução do Rally Spirit: “A organização do Pedro Ortigão está de parabéns. O parque automóvel está cada vez melhor, o conceito da prova permite uma grande proximidade do público com os carros e com os pilotos, e queremos sempre dar espectáculo aos milhares de pessoas que temos nos troços e em zonas emblemáticas como Cais de Gaia ou os Aliados no Porto. Obrigado também ao Martim (Azevedo) por partilhar sempre comigo este evento único em Portugal”, concluiu o piloto do Baião Rally Team, que vai agora preparar o Rali das Camélias, agendado para os dias 29 e 30 de Novembro, em Cascais, Sintra e Mafra.