A atividade na sessão final de treinos livres foi mínima, pois a chuva caiu com força sobre o Circuito Internacional de Xangai, e as condições não melhoraram no momento da qualificação. Jake e Stoffel fizeram um excelente trabalho nas sessões de qualificação do respetivo grupo, ambos avançando para os Duelos.
O mau tempo acabou por encurtar a qualificação, não dando a Jake e a Stoffel a oportunidade de melhorarem as suas posições na grelha de partida. De acordo com os regulamentos da FIA para a Fórmula E, foram utilizados os resultados da qualificação por grupos para definir a grelha, já que os Duelos não tiveram lugar. Tal implicou que Jake saísse da 5ª posição, com Stoffel logo atrás, no 8º posto.
A chuva continuou a cair, pondo em causa o início da corrida. A FIA Fórmula E, já ciente do clima inclemente, tinha ajustado o programa para antecipar a largada, tentando evitar atrasos. Este horário de início revisto foi adiado, mas, devido às duas horas extra na programação após a nova hora de partida, ainda havia tempo suficiente para que o E-Prix pudesse ter início.
Com tanta água na pista, a corrida começou sob a égide do Safety Car à frente, com o pelotão a completar cinco voltas com o Safety Car em pista antes de uma partida lançada dar, verdadeiramente, início à prova. Este período atrás do Safety Car no início levou à inclusão de três voltas adicionais no final da corrida.
A partida lançada fez com que a formação da grelha estivesse relativamente dispersa quando a pista ficou livre, pelo que a entrada na Curva 1 foi mais cautelosa. Jake conseguiu uma ótima ultrapassagem de Lucas di Grassi, da Lola YAMAHA, demovendo-o da quarta posição em pista.
Com as margens entre os carros superiores ao habitual, a ativação do Modo de Ataque não teve tantas implicações. Tanto Jake como Stoffel aproveitaram os seus primeiros quatro minutos de potência extra sem perder posições no pelotão, enquanto a corrida estabilizava.
Houve algumas situações difíceis ao longo da prova, mas Jake e Stoffel manobraram com perícia no piso molhado para manter os dois Maserati Tipo Folgore em pista, e a apontar na direção certa. Jake parecia estar a aproximar-se de António Félix da Costa, da Porsche, nos momentos finais da corrida, para conquistar um lugar no pódio, mas a gestão de energia tornou-se uma prioridade. Com as condições traiçoeiras da pista fora da trajetória ideal, não valia a pena arriscar o 4º lugar de Jake para tentar algo ousado em relação ao Porsche.
Um corolário mais positivo para o fim de semana, já que a Maserati MSG Racing recupera o sexto lugar no campeonato de equipas, e Jake e Stoffel juntam pontos importantes ao seu palmarés no campeonato de pilotos. O Campeonato do Mundo de Fórmula E da FIA recomeça a 21 de Junho em Jacarta.
CITAÇÕES
Jake Hughes, Piloto, Maserati MSG Racing: “Terminámos, aqui em Xangai, com uma nota positiva. Quando olhamos para o nosso fim de semana, juntámos dois dias realmente fortes. Poderíamos facilmente ter ficado por duas vezes entre os cinco primeiros, não fosse o problema com a paragem nas boxes de ontem. Parece que foi já há muito tempo que terminei nos pontos – a última vez foi em Jeddah. Parte disso foi culpa minha, culpa nossa, mas acho que, em muitas dessas corridas, estivemos fortes, e simplesmente não conseguimos chegar à bandeira de xadrez nas melhores condições. Hoje, finalmente, tivemos uma boa qualificação, uma boa corrida, um bom ritmo, e foi bom ver o 4º lugar no quadro”.
Stoffel Vandoorne, Piloto, Maserati MSG Racing: “Hoje foi um dia realmente complicado, especialmente no começo da corrida; a visibilidade era desafiante. Não me senti muito competitivo no início, mas, gradualmente, à medida que a corrida avançava, os nossos pneus começaram a melhorar, e conseguimos ganhar cada vez mais ritmo. Foi então que começámos a recuperar posições e, no final, terminámos em 7º lugar. Acho que perdemos um pouco de terreno no começo, e, no final, já não havia muito a fazer”.
Cyril Blais, Team Principal, Maserati MSG Racing: “Ótima corrida hoje, com ambos os carros nos pontos. Jake estava a lutar com Da Costa, penso que tínhamos o ritmo para lutar pelo pódio, e Stoffel tinha, igualmente, um ritmo muito forte – estava a lutar com Mueller, quase conquistando o 6º lugar. Ambos os carros avançaram no pelotão, e o nosso ritmo pareceu muito forte em piso molhado, portanto, hoje foi um excelente resultado. Foi uma corrida difícil, toda centrada na gestão: gestão da energia, dos pneus, das condições e da estratégia. É uma recompensa depois do dia de ontem, quando estávamos numa posição forte, mas os problemas com o Pit Boost prejudicaram-nos, impedindo-nos de otimizar o resultado. Sabíamos que o potencial estava lá, e, hoje, demonstrámo-lo. Foi bom ver isso confirmado por ambos os carros após cinco semanas intensas de corridas. Agora podemos focar-nos na próxima corrida, em Jacarta, após um breve descanso, reorganizar-nos, e prepararmo-nos para irmos mais fortes para a próxima corrida.”
Maria Conti, Head of Maserati Corse: “Hoje levamos para casa pontos importantes para a classificação, apesar da chuva que influenciou bastante a corrida, e isso graças a um trabalho de equipa, a uma determinação e a uma visão extraordinários. Abordámos a corrida com extrema concentração, e conseguimos que ambos os carros conquistassem pontos: um resultado sólido.
O fim de semana de corridas em Xangai foi um grande evento, e não apenas num nível simbólico. Voltámos ao país onde o campeonato de Fórmula E deu os primeiros passos, há 11 anos, mas, acima de tudo, aprendemos lições importantes para poder enfrentar cada ronda futura com determinação. Xangai é uma cidade-chave para a Maserati, e desempenha um papel extremamente importante em termos de negócio. A cidade simboliza inovação, tecnologia e paixão pela mobilidade elétrica, valores que a Maserati partilha através da sua gama Folgore. Agora, temos um final de temporada importante pela frente, e os nossos objetivos são claros: queremos ser consistentes em dar o nosso melhor aos nossos fãs em cada ronda, e honrar, em cada prova, a história da Maserati de quase um século na competição. O próximo evento será em Jacarta, onde, há dois anos, o Tridente subiu, pela primeira vez, ao primeiro degrau do pódio numa corrida de Fórmula E: mal podemos esperar para regressar a um país que já uma vez nos proporcionou sensações maravilhosas”.
